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5 características que fazem de você, recrutador, um bom Talent Sourcer. Afinal, qual é a diferença?



Nunca me perguntaram em entrevista o que fazia de mim uma boa recrutadora. Eu queria responder, mas não encontrava espaço. Até que a palavra “recrutamento” transformou-se em algo que vai além de uma simples entrevista com um candidato a vagas de emprego em qualquer lugar.

Acredito que muitas das palavras que quem me entrevistava queria verdadeiramente ouvir estavam relacionadas aos meus comportamentos pessoais, ou como lidava com times, com parceiros, colegas de trabalho, clientes e como eu fazia para medir KPI’s. Pois eu devo dizer que embora esse tipo de resposta ainda seja desejada, ela tomou um banho de roupa nova. Assim, eu mudaria a pergunta: “O que faz de mim hoje uma boa Talent Sourcer?

Atenção: Recrutador é diferente de Talent Sourcer. Mas, você pode ser os 2.

Talent Sourcer é o Pesquisador, o Researcher. È a pessoa mais técnica.

É quem inicia o processo seletivo. Aquele que gosta de relacionamento, de construir um bom networking, de conectar pessoas, de ser ímã, de vender.


É aquele que toma decisões baseadas em dados, que pesquisa tecnologias modernas e tenta aplicá-las. É aquele que gera mais dinheiro. O Sourcer caça candidatos, é o Headhunter. O que escolhe, o que qualifica candidatos no talent pool (lista de talentos), o que checa todos os detalhes do que foi pedido por um gerente de contratação. Usa a tecnologia, conhece conceitos modernos de Inbound Recruitment, aplica a magia do Employer Branding.

O Recrutador também pode fazer o papel acima dependendo do porte e organização de uma empresa, mas a responsabilidade dele é um complemento do Sourcer. Ele checa interesse dos candidatos, bate um papo para quebrar o gelo. É vendedor, como o Sourcer. É desenvolvedor de novas soluções (se esse candidatos não funciona aqui, posso conectá-lo com outra pessoa, outra proposta, outra vaga). Ele conduz o candidato pela parte mais incrível de toda essa experiência: negocia salários, dá feedback, conduz aos próximos passos, apresenta a estrutura da empresa, atende ao cliente interno, negocia com gerentes de contratação, com Business Partner de RH. Comunica-se, engaja a marca empregadora.


Pra que você possa me acompanhar, cito 5 características que fazem de você recrutador, um bom Talent e Moderno Sourcer hoje:


1 – #Mudar (mesmo) o mindset urgente!

Não deixei de recrutar, mas hoje eu não quero mais fazer nada de forma manual. A transformação digital está no meio do caminho entre ser bem e mal aceita por aqui, então, quem correr primeiro e morder a isca pode levar maiores vantagens. E é esse benefício ao qual eu gostaria muito de pertencer. Como boa Sourcer, trago algumas malas dos últimos 16 anos de viagem pelo mundo dos recursos humanos. Transformei essa história – que até a 4 anos atrás eu percebi que tinham muitos comportamentos , hábitos e atitudes velhos que poderiam ser ressignificados. Hoje a minha visão se abre para um lado mais tecnológico, automatizado, prático, onde tomo muito mais decisões e coloco menos a mão na massa. Hoje eu trabalho junto com o moderno. Ou tento :)

Mesmo que a minha empresa ou a sua empresa não tenham toda essa tecnologia ainda, é importante que você prepare o terreno (a sua mente) onde essa tecnologia será plantada. Não é fácil convencer todo mundo de que você mudou.

2 - #Adaptabilidade aos Dados

Vai precisar ser matemático, físico, programador de sistemas? Não. Vai precisar chegar perto/encostar/interessar-se/pesquisar sobre isso? Sim. Enquanto recrutadores tentam gerenciar um pool de candidatos em suas planilhas Excel ou divulgando 1 post solitário nas mídias sociais 1 x/semana para dizer que “Temos Vagas”, o Sourcer já está utilizando uma automação em IA (Inteligência Artificial) como um Chatbot ,por exemplo, que funciona 24/7 para construir um pool mais atualizado, moderno e muito mais assertivo. Afinal, o tempo que eu invisto hoje em dar as mesmas informações para todos (porque todo mundo tem o direito e o dever de saber tudo sobre o que se está sendo ofertado) eu poderia estar utilizando esse tempo homem/hora em capacitação pessoal para aprender a lidar com os números que o chatbot vai me proporcionar. E eu vou precisar decidir. Você vai precisar decidir. Fato.


3 - #Customer Experience

Sim, o candidato vai se aproximar mais rápido da minha ideia e do meu post assim que eu disponibilizar uma ferramenta que dá conta de gerenciar um número alto de perguntas sobre a minha empresa. Assim, no back office como Sourcer, eu invisto tempo de estar em eventos, aumentando meu networking, tomando decisões sobre novos cursos, novas formas de entrevistar pessoas, promovendo discussões sobre a minha marca empregadora, levando números dos desafios tecnológicos que eu resolvi implantar na minha organização. Logo, eu perco menos dinheiro.

Logo, o meu candidato orgulhosamente torna-se meu cliente e terá, no mínimo, uma experiência positiva ao saber que em contato com o site (página de carreiras) da minha empresa ele será bem recebido e não convidado ao “ghosting role” (buraco do fantasma) como ainda é feito hoje.


4 #Marketing de Recrutamento

Ser Sourcer me permite usar marketing de conteúdo, ou estudar as principais palavras através do uso de dados e ferramentas de automação adequadas que possam me trazer em tempo real o que está sendo acessado, visto e/ou comentado. Assim, eu tomo a decisão de ir por um caminho e não pelo outro, por exemplo. Assim, eu saio da cadeirinha de recrutador- que-bate-ponto para um business development mais acessível, mais pesquisador de dados, mais colaborativo e não tirador de pedidos.


5- #Voltar a Ser Humano

A tecnologia nos dá essa possibilidade de proximidade mais definida. Quando posso medir, posso escolher um caminho. Quando tenho um propósito ou um papel definido, posso direcionar outros para que tenham o mesmo propósito. Que vontade de ver um suspiro de alívio de um candidato quando me disser: "que experiência inesquecível eu tive ao chegar perto da sua empresa. Não tenho o perfil da vaga, mas eu vou falar dela por aí."


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Renata Tedesco é Sócia e Managing Director da Huntz

Premiada Personalidade de RH pela ABRH/PR. Já recrutou para marcas como Google e Apple e trabalhou na IBM, Korn Ferry e iFood.

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